Qualquer pessoa que tenha um quadro no Fantástico não merece o meu respeito. Se a programação de domingo da TV brasileira já faz você torcer por uma catástrofe de nível global só pra ver se dá uma apimentadinha na programação, o que dizer do insoso Fantástico? Ainda mais agora, com a cansaaada da Ceribelli no comando.
Gloria Kalil já foi (ou ainda é, não sei) uma das vítimas do programa. A consultora de moda e etiqueta precisa do Fantástico para levar seu nome às massas e, assim, manter seu site e vender uns bons milhares de livros. Em troca, ela só precisa comentar assuntos absurdamente inúteis como “
O que você acha de a Carla Bruni ir a um evento sem sutiã?”.
É uma pena que, de todo o conteúdo sobre moda que Gloria Kalil tem a oferecer para o grande público, a Rede Globo só se interesse pelo banal. Algo como chamar o Gilles Lipovetsky para assinar uma coluna sobre esmaltes para a Revista Caras.
Até mesmo muitos dos ditos “formadores de opinião” da área da moda foram educados por esse
fast-food fashion vindo da televisão e das revistas. O que, para uma blogueira de moda, é até aceitável, apesar de lamentável. Mas é espantoso ver o despreparo de editoras, consultoras e outras mais ôras que, na falta de um termo mais adequado, se intitulam
fashionistas.
Que bom que seria se todo
cof cof fashionista se preocupasse menos com o título que carrega e mais com o conteúdo que tem pra apresentar aos seus seguidores. Que bom que seria se todos que trabalham com moda no Brasil (e em Portugal e no mundo) tivessem pelo menos metade do capital cultural de Gloria Kalil.
Se a preguiça é muita para ler um livro, que tal começar pela entrevista que Glorinha deu à Marília Gabriela? Já diria a musa Narcisa Tamborindeguy:
Muito Kalil pra vocês, fashionistas.